sábado, 27 de agosto de 2011

Mate


Cancioneiro Gaúcho, recolhido por Augusto Meyer
(...)

Dizem que o mate afoga
As mágoas do coração;
Mate sobre mate tomo,
As mágoas boiando vão.

Eu venho lá de longe,
Noite velha adiantada;
Dá-me um mate-chimarrão,
Minha boa misturada.

Senhora dona da casa,
Eu sou muito pedichão;
Mande me dar de beber,
Mas que seja um chimarrão.

Senhora dona da casa,
Dê-me um chimarrão
Com quatro pedras de açúcar,
E queijo e bastante pão.

Do meu canto eu estou vendo
Quantos mates vais chupando;
Quando me chegar a cuia,
Os pauzinhos 'stão nadando.

Eu não quero tomar mate,
Quando os ricos 'stão tomando;
Quando chega a vez dos pobres,
Os pauzinhos 'stão nadando...

Quem quiser que eu cante bem
Dê-me um mate de congonha,
Para limpar este peito,
Que está cheio de vergonha.

Um comentário:

  1. Bem no chiar da chaleira lembrei de você
    Cevo o mate com carinho pra poder rever
    Na erva o verde dos teus olhos em meu chimarrão

    A cada gole, doce amargo, aumenta a saudade
    A cuia sentindo a falta da felicidade
    E ao roncar da bomba, descompassa o coração
    Entenda

    A distância escramuça nosso sentimento
    Faz com que esteja comigo a todo o momento
    Sinto teu beijo suave na brisa do vento
    Entenda
    Vem servir meu mate pra me confortar
    No vai-e-vem da cuia, vamos namorar
    Nosso amor, nossa saudade, vamos chimarrear
    Entenda, Entenda

    Entenda (Grupo Rodeio)

    hehe, eu também entendo de chima!! Parabéns...
    Muito legal teu Blog!!!
    Abraço!

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