quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Lenço Gaucho

      O Lenço Gaucho

Bueno Gauderiada. Ta ai um pequeno material sobre essa parte indispensavel da pilcha do gaucho.

      O uso do lenço à cabeça procede da Península Ibérica.
      Os bandeirantes usaram lenço à cabeça, bem como os gaúchos e os índios minuanos. Estes usavam um lenço dobrado passado ao redor da cabeça.
      O termo vincha não foi mencionado na área brasileira. Entre os castelhanos, era uma cinta, faixa de tecido “pampa”, tira de couro, ou um lenço dobrado com que os “índios e paisanos” sujeitavam os cabelos. Atualmente, só usam a “vincha” os domadores.
      O lenço ao pescoço é de introdução européia e de uso em vários países sul-americanos: Bolívia, Argentina, Uruguai e Brasil.
      Há vários tipos de nós, havendo alguns de simbolismo político, como o Republicano composto de dois topes e uma “rapadura” ao centro.
      No anuário do Rio Grande do Sul de Graciano de Azambuja, há informes sobre o nó republicano. Sua colocação, a do lenço à cabeça é explicada por Augusto Meyer: “... o engenhoso laço feito com as pontas de grande lenço vermelho, que recobre a cabeça, caindo em pontas sobre as costas, e com as outras pontas atava-se um complicado nó de gravata pendendo sobre o peito”.
      Paixão Côrtes em “O Gaúcho, Danças, Trajes, Artesanato” faz descrição minuciosa sobre os diferentes nós de lenços. Os mais conhecidos são: nó de correr ou de namorado, nó republicano, nó de ginete, nó comum.
      Quanto às cores, houve tempo em que elas significavam partidos políticos:
• Chimango (ala radical do Partido Liberal no I e II Impérios) cor branco.
• Maragato (partidários do parlamentarismo defendido por Gaspar Silveira Martins - Revolução Federalista de 1893, posteriormente Partido Libertador) cor vermelha.
      A origem da palavra Maragato vem do Uruguai; o chefe gasparista Gumercindo Saraiva procedia do departamento de San José (da Banda Oriental), colonizado por espanhóis procedentes da Maragateria de Espanha.
      O lenço usado “a meia espádua”, imita a antiga charpa de uso na Europa que, aqui no Brasil, foi utilizada pelos bandeirantes.
      Os campeiros da região serrana do Estado do Rio Grande do Sul usavam lenço como escoteiros com a ponta caída às costas. Não só de uma cor lisa, mas também de xadrez miúdo.
      É de uso comum entre gaúchos uma presilha em forma de anel (muitas vezes a própria aliança), para prender o lenço, substituindo assim, o nó. O material usado para isto varia: chifre, osso da canela de avestruz, metal, couro, ouro e prata.

Pra indiada que não da geito de fazer o nó em seu lenco, de uma olhada no site da pagina do gaucho abaixo, neste, o grande Telmo de Lima Freitas ensina a fazer os nós simples ou chimango, quatro cantos, rapadura ou maragato, namorado, o pachola e o bago de touro de forma facil por meio de diagrama.




Por: Rafael Sidooski


domingo, 28 de agosto de 2011

Blue Heeler

Blue Heeler ou Australian Cattle Dog

Por sua pelagem não obedecer um padrão muito uniforme, a maioria das pessoas acabam tendo uma primeira impressão de que este é um cão feio, porem depois que conhecem, mudam completamente o conceito. Com uma enorme inteligência, docilidade, rusticidade, são cães realmente da lida campeira e adoram o que fazem. São apaixonados por água e trabalham por longos períodos sem descanso e sem jamais deixa seu companheiro Homem para traz. Nos últimos anos foi bastante difundido por toda a serra Catarinense, junto as fazendas de criação de gado. E sempre levados ao Rodeios Crioulos. Segue um pouco da historia dessa maravilhosa raca. 


História da raça

O Blue Heeler ou Australian Cattle Dog foi desenvolvido por colonizadores no século XIX para agrupar o gado em grandes ranchos australianos. Os colonizadores trouxeram alguns cães da Europa tais como Smithfield e o Collie, mas estes não agüentaram as duras condições de trabalho e o clima do novo continente. Assim, os rancheiros começaram a experimentar novas cruzas. O Blue Heeler derivou-se primeiramente de uma mistura de importações salpicadas lisas, azuis de Collie Escocês e de Dingos Australianos selvagens. Kelpie, Dálmata e Bull Terrier também foram adicionados. O resultado gerou um cão excelente para agrupar o gado como poucos, que trabalhavam quietamente e vigorosamente, dispostos e capazes de dirigir o gado através de vastas distâncias sob circunstâncias empoeiradas ásperas e quentes. 




 Temperamento 

São leais, protetores e alertas. E absolutamente leal e obediente ao seu dono. Devido ao seu alto nível de dominância ele é um cão de um dono só. Os cães australianos são muito fáceis de treinar. Está entre as 3 raças mais inteligentes do mundo e desempenha com excelência o papel de companheiro e de guarda, tendo seu dono como seu melhor amigo. 


Características 

O Blue Heeler é um cão de porte médio, resistente ao trabalho, compacto, com musculatura bem desenvolvida, poderoso e muito ágil. Pode ser encontrado nas seguintes cores: azul ou em vermelho salpicado. Os filhotes nascem brancos com algumas pintas em preto, adquirindo a coloração definitiva a partir dos 20 dias de idade, em média. Pesa de 15 a 25 kg. Tamanho: machos: 43 a 48cm e fêmeas: 43 a 45 cm. É uma das raças com maior longevidade chegando em média aos 15 anos de idade. 


Por: Rafael Sidooski

sábado, 27 de agosto de 2011

" De bota nova ...


... tô chegando pro baile companheiro! " (...)



Na primeira foto Rafael Sidooski e Varguinha, na segunda Tiago Machado e Eduardo Sidooski, em Baile realizado pelo grupo Os Monarcas, na cidade de Rio do Sul-SC em 19 de Junho de 2011. Incrível é ver a simplicidade e alegria destes artistas em fazer a verdadeira música gaúcha!

Mate


Cancioneiro Gaúcho, recolhido por Augusto Meyer
(...)

Dizem que o mate afoga
As mágoas do coração;
Mate sobre mate tomo,
As mágoas boiando vão.

Eu venho lá de longe,
Noite velha adiantada;
Dá-me um mate-chimarrão,
Minha boa misturada.

Senhora dona da casa,
Eu sou muito pedichão;
Mande me dar de beber,
Mas que seja um chimarrão.

Senhora dona da casa,
Dê-me um chimarrão
Com quatro pedras de açúcar,
E queijo e bastante pão.

Do meu canto eu estou vendo
Quantos mates vais chupando;
Quando me chegar a cuia,
Os pauzinhos 'stão nadando.

Eu não quero tomar mate,
Quando os ricos 'stão tomando;
Quando chega a vez dos pobres,
Os pauzinhos 'stão nadando...

Quem quiser que eu cante bem
Dê-me um mate de congonha,
Para limpar este peito,
Que está cheio de vergonha.

O Cavalo em Cem Frases

Por ocasião da Edição Especial no.100 da Revista ‘Horse Ilimitada’, de Dezembro de 2003, a editora Cláudia Leschonski compilou 100 frases sobre o Cavalo, animal único sobre a face da Terra. Para tal ‘coleção’, contou com sugestões de frases reunidas por inúmeros colaboradores e amantes do Cavalo. Na edição, as frases são regionalizadas, portanto, aqui trazemos as Pérolas Gaúchas:


PÉROLAS GAÚCHAS



65. Praga de urubu não mata cavalo gordo.
66. Amigo e cavalo não se ocupa a toda hora: só nas ocasiões.
67. Ninguém se mostre altivo mesmo estando no estribo: acontece ficar de a pé o gaúchomais precavido. (José Hernández)
68. O consolo do homem é o cavalo, pois o cavalo vem de Deus. Sem cavalo o homem não é nada. (Fernando O . Assunção)
69. Voa a crina em desalinho, batem tambores os cascos. Há tragos, milongas e vinho, e nas brasas um churrasco. (Luiz Coronel)
70. Não cries guacho: mas cria perto do teu olhar o potrilho pro teu andar. (João Simões Lopes Neto)
71. Doma tu mesmo o teu bagual: não enfrenes na lua nova, que fica babão; não arrendes na miguante, que te sai lerdo. (João Simões Lopes Neto)
72. Não guasqueies sem precisão nem grites sem ocasião: e sempre que puderes passa-lhe a mão. (João Simões Lopes Neto)
73. Se tens viajada larga não faças pular o teu cavalo; sai ao tranco até o primeiro suor secar; depois ao trote até o segundo; dá-lhe um alce sem terceiro e terás cavalo para o dia inteiro. (João Simões Lopes Neto)
74. Fala ao teu cavalo como se fosse a gente. (João Simões Lopes Neto)
75. Mulher, arma e cavalo do andar, nada de emprestar. (João Simões Lopes Neto)
76. Mulher sardenta e cavalo passarinheiro... alerta, companheiro! (João Simões Lopes Neto)
77. Cavalo pra mim é um trono: neste trono me criei. (Guilherme Schultz Filho).





sexta-feira, 26 de agosto de 2011

C.T.G. TIA EMÍLIA



Aconteceu nos dias 12, 13 e 14 de agosto de 2011 o quarto Rodeio Crioulo do C.T.G. Tia Emília em Serra dos Alves - Agrolândia-SC. Teve início na tarde da sexta-feira (12) as provas de laço nas diversas categorias, finalizando as mesmas no domingo (14).
A noite de sexta-feira contou com a animação de Os Serranos, em um grandioso baile no salão da comunidade de Serra dos Alves, nas proximidades da sede do C.T.G. Tia Emília.
Fica aqui o abraço a todos que prestigiaram mais esta etapa da história do Tia Emília e aguardamos a todos para o próximo ano, com tamanho orgulho desta cultura que cada dia mais cresce em nosso Brasil Grande do Sul!